segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Zorilla indesejável, desafiador Atléti e o renascido Valencia

Em quatro jogos feitos no José Zorilla nesta temporada, o Valladolid venceu dois, empatou um e perdeu um. Entre os destaques, as vitórias, que vieram ante Levante (2-0) e Rayo Vallecano (6-1). Fora de casa, o desempenho não é o mesmo: são três derrotas e apenas uma vitória. No último sábado, os pucelanos perderam para o Málaga por 2x1. Em oito rodadas, estão na décima colocação, com dez pontos. A campanha caseira pode não impressionar pelos adversários, mas já mostra que será o carro-chefe da equipe na luta contra o rebaixamento.

Na temporada passada, o Valladolid conseguiu associar um futebol atrativo a uma defesa sólida (a melhor da Liga Adelante ao lado do Celta Vigo). A efeito de comparação, em 2009/2010, havia sido a mais vazada com 74 gols. Em agosto, em entrevista, ao Marca, o treinador Miroslav Djukic prometeu que isso não vai mudar. Num discurso à Pep Guardiola, o sérvio foi sintético: "se for para morrer, que morremos praticando nossa filosofia". Jesus Ruéda, zagueiro que se destacou na temporada passada, também seguiu a mesma linha. Ele afirmou que o time deve manter seu estilo, ousadamente inspirado no Barcelona. O rebaixamento disfarça, mas o Villarreal, que joga um futebol semelhante ao dos pucelanos, colhe frutos na Liga Adelante por não se acovardar mesmo nos momentos de adversidades.

Na segunda divisão de 2011/-12, o Valladolid teve um aproveitamento de 72% como mandante, acumulando 50 de seus pontos 80 pontos na temporada regular. O time de Djukic sofreu apenas 11 gols em 23 partidas no Zorilla, 20 a menos do que levou longe de casa. Se mantiver o aproveitamento de 73% em casa, mesmo que não pontue como visitante, o pucelanos certamente escaparão da queda com seus 42, 43 pontos. É claro que eles devem roubar pontos longe de Castilla e Leão, porém o grande mérito do treinador é mesmo a transformação do Zorilla num estádio indesejado pelas outras equipes.

 Falcão García: o cara (getty images)

Clap, clap, clap
O gol de Falcão García aos 47 minutos do segundo não só colocou o Atlético de Madrid na co-liderança da Liga ao lado do Barcelona, como mostrou que os colchoneros irão desafiar blaugranas e merengues. A equipe jogou bem até certo ponto, mas o suficiente para vencer um adversário que certamente irá incomodar muito no decorrer da temporada, sobretudo em casa, a Real Sociedad.

E o Valencia, hein?
Não jogou bem, mas foi buscar uma virada ante o Athletic Bilbao na bacia das almas. A torcida que vaiava bastante mudou em apenas dois minutos, tempo dos gols de Tino Costa e Haedo Valdez, que começa a mostrar serviço. O 4-4-2 que juntou o paraguaio e Soldado saiu-se muito bem, mas Jonas, melhor ché na temporada até então e que saiu para entrada do ex-Hércules, não pode ficar de fora. Pellegrino tem uma dor de cabeça. O Valencia ainda não convenceu e, na quarta-feira, tem jogo decisivo pela Uefa Champions League. Caso queira passar de fase, precisará somar, pelo menos, quatro pontos nos próximos dois confrontos contra o Bate, que derrotou o Bayern na segunda rodada.

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