segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O Real Madrid aprendeu a lição

 Mourinho e Cristiano Ronaldo são os principais responsáveis pelos recentes resultados positivos do Real Madrid contra o Barcelona (zimbio)

Casillas; Arbeloa, Sergio Ramos, Pepe, Marcelo; Xabi Alonso, Khedira; Di María, Özil, Cristiano Ronaldo; Benzema. Há dois anos, 10 desses 11 nomes começaram como titulares na humilhante derrota de 5x0 para o Barcelona. Naquele dia, apenas Arbeloa começou no banco, entrando no segundo tempo. Os blaugranas continuam sendo superiores, mas atualmente o Real Madrid já consegue enfrentá-los de igual para igual. Os resultados dos superclássicos apenas em 2012 evidencia tal evolução madrilenha: duas vitórias barcelonistas, dois empates e duas vitórias merengues. Ontem, mais um capítulo da história do Superclássico foi escrito. Em partida de gala, o 2x2 mostrou as carências das duas equipes na temporada, mas ratificou o novo peso do duelo. 

Atualmente, o Real Madrid sabe como jogar contra o Barcelona sem se acovardar (muito). Nesse cenário, dois personagens merecem destaque: Cristiano Ronaldo e José Mourinho. O treinador português conseguiu dar um padrão de jogo à equipe que Florentino Pérez tanto tentou achar com Manuel Pellegrini. A lição da manita foi aprendida em peso: para jogar contra o Barcelona, a aplicação tática precisa estar à mil. Após muitos confrontos, Mourinho, estrategista que é, conseguiu encaixar seu jogo ao do rival. Com intensidade, compactação dos setores negando espaços a Messi e velocidade para surpreender a zaga adiantada e em linha do Barça com Cristiano Ronaldo se infiltrando em diagonal, o Real Madrid, hoje, sabe como jogar contra os catalães.

Aí, o craque português tem seus méritos. Sempre taxado por amarelar nos clássicos, ele virou a página. Ao marcar de esquerda o gol que abriu o placar, Ronaldo tornou-se o primeiro jogador da história da rivalidade a marcar em seis confrontos consecutivos. Quem vê o Ronaldo de 2012 e o Ronaldo das temporadas anteriores sabe que houve uma mudança. O atual não tem medo de ousar. Chuta, dribla, toca, provoca. Aquele Cristiano Ronaldo apagado, com medo e displicente que enfrentava o Barcelona é coisa do passado.

Na parte defensiva, houve mudanças substanciais. Ainda que Pepe saia do sério a todo momento (e, convenhamos, se ele não saísse estranharíamos), ele mantém a cabeça no lugar a ponto de não comprometer. A emblemática expulsão no confronto da Champions League 10/11 mudou seus nervos - ainda que, na ida do jogo da Copa do Rei, ele tenha pisado em Messi. E isso ajuda em seu desempenho em campo. Na vitória de abril, por exemplo, o luso-brasileiro teve atuação de gala.

Quem também merece menção é Özil e Di María. O argentino é a válvula de escape dos blancos, sempre impussionando velocidade na parte esquerda da zaga blaugrana e sendo importante na recomposição. A marcação a Daniel Alves (ou Montoya, como no caso de ontem), anula uma dos trunfos do Barcelona. O alemão, por sua vez, vive cenário semelhante ao de Cristiano Ronaldo. E a parceria entre os dois é alta: em superclássicos, são cinco assistências do camisa dez ao gajo, quatro apenas nos confrontos deste ano.

O cenário é tão favorável ao Real Madrid que o empate foi comemorado do lado barcelonista. Tudo bem que deveria ser mesmo, afinal os oito pontos de vantagem se mantém e os azulgrenás atuaram com a zaga reserva, mas fatalmente isso seria lamentado há um ano, por exemplo. E a volta por cima dos merengues favorecem os fãs do futebol espanhol. A equipe de José Mourinho se concentra em jogar bola e não ficar à base de pancadas. Assim, mesmo sendo inferior, conseguiu achar uma fórmula de encarar o Barcelona.

3 comentários:

  1. O R. Madri atual já jogava sem medo, desde a época de Guardiola.
    Agora a pergunta: o Madri aprendeu a anular o Barça? Em termos.
    A nova esquematização tática do Barcelona contribuiu para o crescimento do Real.
    O Barça perdeu a ´posse de bola', mesmo que ainda tenha em algumas partidas 65% dela. Mas perde com facilidade a posse dela, sofrendo vários contra-ataques. Como os cometaristas falaram, o posicionamento de Messi como centrovante, e não como falso 9, tem sido fatal em saber poder anular o argentino.
    Claro que Mourinho aprendeu a enfrentar de igual para igual o Barça desde à época de Guardiola. Agora some-se:

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  2. O R.Madri atual já jogava sem medo, desde a época de Guardiola.
    Agora a pergunta: o Madri aprendeu a anular o Barça? Em termos.
    A nova esquematização tática do Barcelona contribuiu para o crescimento do Real.
    O Barça perdeu a ´posse de bola', mesmo que ainda tenha em algumas partidas 65% dela. Mas perde com facilidade a mesma, sofrendo vários contra-ataques. Como os cometaristas falaram, o posicionamento de Messi como centrovante, e não como falso 9, tem sido fatal em saber poder anular o argentino.
    Claro que Mourinho aprendeu a enfrentar de igual para igual o Barça desde à época de Guardiola. Agora some-se: um Madri com a mesma base, os frequentes confrontos entre os dois, e a qualidade técnica dos jogadores e a qualidade tática imposta pelo treinador português, mais a gana de vencer o arquirival estão deixando os dois lados igualados.
    Parece chavão, mas não é o Madri que cresceu, mas o Barça que caiu em qualidade, contribuindo para o crescimento do Real.

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  3. O R.Madri atual já jogava sem medo, desde a época de Guardiola.
    Agora a pergunta: o Madri aprendeu a anular o Barça? Em termos.
    A nova esquematização tática do Barcelona contribuiu para o crescimento do Real.
    O Barça perdeu a ´posse de bola', mesmo que ainda tenha em algumas partidas 65% dela. Mas perde com facilidade a mesma, sofrendo vários contra-ataques. Como os cometaristas falaram, o posicionamento de Messi como centrovante, e não como falso 9, tem sido fatal em saber poder anular o argentino.
    Claro que Mourinho aprendeu a enfrentar de igual para igual o Barça desde à época de Guardiola. Agora some-se: um treinador estreante que jogou em times pequenos, sem história com as torcidas e apenas um bom auxiliar do Guardiola.

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