segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A rotina da Roja

Foi difícil, mais do que era imaginado. Mas no fim a Espanha levantou seu oitavo título europeu sub-19 (Sportsfile)

A Espanha chegou à final contra a República Tcheca embalada por uma ótima campanha, que apresentou apenas uma derrota na fase final do Europeu sub-19, disputada na Romênia – contra a Turquia, quando jogaram com o time reserva. Além disso, a Furinha contou com um ataque irresistível, autor 16 gols em 5 jogos.

Para desafiar os tchecos na final, o técnico Ginés Meléndez manteve a estrutura tática roja, o 4-2-3-1. Mas a linha de armadores do meio-campo estava organizada de forma diferente: o capitão Sarabia à direita, Juanmi centralizado e Deulofeu à esquerda, com Morata sendo o centroavante. O artilheiro da competição com seis gols, porém, não estava bem e sua presença de área fez falta aos companheiros.

A Espanha tentou tomar da partida desde seu início, com o seu camisa dez, Sarabia, comandando as ações. Mas o jogador do Real Madrid (emprestado ao Getafe) sentia falta de uma melhor presença de seus companheiros de setor ofensivo e também esbarrava na marcação rival, pois os tchecos envolviam, praticamente, seus dez jogadores de linha nela.

Para tentar fazer o jogo espanhol fluir melhor, o treinador mexeu na furinha, colocando o atacante Paco Alcácer e o volante José Campaña. Quem também mudou foram os tchecos, que passaram a jogar de forma mais agressiva. A alteração na postura fez a diferença, pois logo saiu o gol da seleção centro-europeia. O habilidoso meia-esquerda Krejci fez bela jogada pelo flanco canhoto e finalizou cruzado.

Os espanhóis demoraram a se reencontrar em campo, mas conseguiram e passaram a pressionar muito a equipe adversária. Com a saída do esgotado Sarabia, Deulofeu, agora à direita, tomou conta da partida. Porém, o jogador blaugrana esbarrava muitas vezes em seu excessivo individualismo. O empate saiu aos 83 minutos. Campaña fez ótima enfiada para Alcácer, que parou no goleiro Koulbec. Mas no escanteio, após o bom zagueiro Kalas afastar a bola, Pardo chutou bem e contou com o desvio de Aurtenetxe para empatar o jogo.

Assim a partida encontrou a prorrogação, onde uma nova surpresa apareceu: gol tcheco aos 7 minutos. Lacha completou para o gol após mais uma boa jogada de Krejci. A partir daí, a República Tcheca se focou ainda mais na marcação e a Espanha passou a controlar totalmente as ações da partida. O jogo já era dramático, mas, aos 18 minutos da prorrogação, Campaña lançou e o aéreo Morata antecipou a zaga, fazendo passe de cabeça. A bola encontrou Alcácer, que marcou.

A vitória foi alcançada faltando apenas cinco minutos para o apito final. Desta vez, o passe partiu do ótimo volante Pardo, que achou o peito de Alcácer, que colocou a bola no chão e bateu na saída do goleiro tcheco. 3 a 2, muita emoção e a Espanha novamente campeã, algo que virou comum nos últimos anos. A seleção principal levantou a Eurocopa 2008 e a Copa do Mundo 2010; a Sub-21 ergueu a Eurocopa da categoria neste ano; e agora a Sub-19 venceu o europeu, após ser vice no ano passado para a França de Griezmann.

Além disso, a geração campeã promete dar bons frutos para o futuro. Os principais nomes foram o volante Rubén Pardo, da Real Sociedad, o centroavante Álvaro Morata, do Real Madrid, o meia-atacante Pablo Sarabia, do Real Madrid emprestado ao Getafe, e o também meia-atacante Gerard Deulofeu, do Barcelona, assim como Paco Alcácer (Valencia) e Sergi Gómez (Barcelona). Josep Guardiola ficou tão satisfeito com o desempenho dos jogadores blaugranas que imediatamente os chamou para se integrar ao plantel A, que está em turnê nos Estados Unidos. O futuro da roja promete ser realmente brilhante.

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