domingo, 26 de junho de 2011

A cereja do bolo

Excelente geração espanhola deixou boa imprensão na Euro Sub-21, coroada com o título invicto da competição (AS)

Após garantir a vaga nos Jogos Olímpicos de 2012, restava à Espanha a cereja do bolo: conquistar o título da competição após treze anos. Mantendo seu estilo e sem levar sustos como na semifinal, a Espanha não teve muita dificuldade para bater a Suiça por 2 a 0 e conquistar o tri-europeu da categoria sub-21. Após a decepção contra a Inglaterra, a euforia ante República Tcheca e Ucrânia, e o sofrimento ante a Bielorrúsia, a Roja não quis experimentar um novo tipo de ânimo frente a Suiça, seleção que chegava à final invicta e sem sofrer nenhum gol.

A seleção alpina chegava à final com múltiplas possibilidades de criar problemas à Espanha. Afinal, a base desta seleção, que promete dificultar a vida das principais seleções nas Olimpíadas, é a mesma que ganhou o Mundial Sub-17 em 2009. Porém, a qualidade espanhola praticamente anulou as peças-chaves da seleção suiça. Javi Martínez e Mata, primeiros jogadores da história da competição a ganhar a Copa do Mundo antes da Euro, lideraram uma equipe com bastante jogadores promissores: Thiago Alcântara, Muniain, Ander Herrera, Adrián López - artilheiro e eleito o melhor do torneio -, Montoya e Didac deixaram o campeonato com boas imprensões.

O título é uma premiação ao excelente trabalho de Luis Milla, que não ousou em mexer na equipe até achar o módulo e a escalação perfeita. O 4-4-2 - esquema muito priorizado pelo treinador - da fase eliminatória e da estreia do campeonato não deu certo na competição, e Milla optou por um compacto 4-2-3-1 que variava para um 4-1-4-1 nas jogadas de ataque. Com Ander Herrera dando equilíbrio no meio, uma linha de três letal formada por Mata, Thiago e Muniain e Adrián saindo-se muito bem como única referência na frente, a Fúria desempenhou o futebol mais bonito da Euro e mostrou que a geração campeão europeia e mundial está bem servida para as próximas copas. O corte de Canales, um dos principais jogadores da primeira fase, no final de contas, acabou não fazendo tanta falta, apesar da equipe perder um pouco no drible para ganhar mais na priorização da posse de bola com a entrada de mais um meio-campista (no caso, Muniain).

A final
A primeira chance real de gol aconteceu aos 29 minutos de jogo. Depois de receber um cruzamento, Xherdan Shaqiri pegou de primeira e mandou uma bomba contra as metas espanholas. David de Gea espalmou e a pelota foi para escanteio. A Espanha respondeu sete minutos depois, em uma boa finalização de fora da área de Thiago Alcântara. Mas a bola passou à direita do goleiro Yann Sommer. Aos 41 minutos, a Roja abriu o placar. Didac Villà cruzou na medida para Ander Herrera, que cabeceou e fez o primeiro gol da partida.

No segundo tempo, aos seis minutos, Innocent Emeghara ficou frente a frente de David de Gea. O suíço deu um chute fraco e rasteiro e o goleiro não teve dificuldades para segurar a bola. A Espanha tentou fazer o segundo gol, aos 17 minutos, em chute alto de Javi Martínez, depois que este recebeu de Thiago Alcântara. Os suíços quase igualaram o marcador aos 33. Shaqiri cobrou falta e Timm Klose cabeceou. A pelota passou a direita de David de Gea. Aos 36,' a Roja aumentou o marcador, em um golaço de Thiago Alcântara. O filho do ex-jogador Mazinho cobrou falta e não deu chance de defesa para o goleiro suíço.

Com 2 a 0 no placar final, a Espanha se sagrou tricampeã do Europeu sub-21. A Roja já tinha conquistado a competição em 1986 e 98. A Suíça, por outro lado, nunca tinha alcançado a final do sub-21.

2 comentários:

  1. Verdade, senti a falta do Canales. Com o Canales, Cláudio, era 4-4-2? Muniain banco ou segundo atacante? Abraço!

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  2. Era 4-5-1, Jairo. Muniain era banco, sim.
    Abraço!

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